Em discussão em toda sociedade mundial, o “bullying”, prática antiga nas instituições de ensino, motivou um projeto de lei dos vereadores Neri Rafael Mangoni e Élio Cezar (Fubá). Bullying é qualquer prática de violência física ou psicológica, intencional e repetitiva, entre pares, que ocorra sem motivação evidente, praticada por um indivíduo ou grupo de indivíduos, contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de intimidar, agredir fisicamente, isolar, humilhar, ou ambos, causando dano emocional e/ou físico à vítima, em uma relação de desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas.
São, para entender melhor, essas comuns tirações de sarro entre alunos geralmente vitimando crianças tímidas, acima do peso e até para aquelas que usam óculos. Daniele Costa disse ter sofrido bullying na escola. Hoje com 26 anos, segundo ela, na infância, quando ainda nem se tinha conhecimento do nome “bullying”, já sofria com o mal. “Por eu ser tímida eu era perseguida, as meninas prometiam me bater e eu acabava faltando alguns dias na escola. Já cheguei até a mudar de insituição”, comentou. Daniele disse que o bullying só lhe trouxe problemas. Segundo ela, matemática era uma matéria que não entrava na cabeça. “Mais tarde eu entendi, afinal para aprender matemática é necessário trabalhar com a lógica e como eu sofria pressões emocionais não conseguia me concentrar”, afirmou.
Neri Mangoni, inclusive, tem apresentado o projeto de lei para diretoras e professoras de escolas públicas e particulares para que a lei seja participativa, com quem convive diariamente com o bullying.
No caso do vereador Élio Cezar “Fubá”, ele conta que tem recebido mães que pedem para que os vereadores deem mais atenção em relação aos casos de bullying. “Em um dos casos uma criança sofre perseguição dos colegas porque usa óculos, portanto, nós precisamos agir”, comentou. Para Neri, o projeto “anti-bullying” não se limita a proibir a prática do mesmo. Procura esclarecer a comunidade escolar sobre a abrangência do termo e conscientizar sobre medidas de prevenção, diagnose e combate. Ao poder público caberá a elaboração de políticas de conscientização, respeitando as medidas protetoras estabelecidas no Estatuto da Criança e do Adolescente.
“O projeto chegou a ser apresentado pelo colega Élio Cezar enquanto aperfeiçoávamos o nosso. Optamos então pela unificação para deixá-lo mais completo, tendo em vista que o objetivo é o mesmo, de fazermos a formação de verdadeiros homens e mulheres para uma sociedade mais justa e igualitária”, afirmou Neri.
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