Fui questionado sobre
minha visão e posicionamento, como vereador, perante os protestos atuais no
país. Falo como político e cidadão que durante minha juventude motivado por causas, protestei, critiquei
segmentos, condenei regimes e testemunhei poucos resultados proporcionais, dado
a minha alta expectativa diante das lutas. Mas sempre valeram a pena.
Considero o protestos um direito e até um dever, quando neles se plantam sementes, despertam
reflexões e patriotismo, além da consciência e amadurecimento pessoal como
cidadão; especialmente os jovens, que ainda buscam descobrir caminhos e rumos
diante de uma realidade ‘nua e crua’. Não fossem a coragem, o despertar e os
protestos contra o regime militar, possivelmente não estivéssemos hoje vivendo
uma democracia, muito embora, ainda camuflada e imatura. Portanto, temos sempre
que reconhecer que protestos são formas
de expressar um ‘grito de existência’, um ‘descontentamento’, uma ‘indignação’,
uma ‘injustiça’ e até um arrependimento. Os ‘caras pintadas’ derrubaram um
presidente.
Temos direito a
protestos e motivos não nos faltam para isso, seja por altas tarifas no
transporte, como também, o absurdo do pedágio, a falta de segurança, a falta de
médicos, o atendimento à saúde, a falta de moradia, o corporativismo político
que corrompem poderes, o abuso de autoridade, o desemprego, os baixos salários,
o alto custo de vida, a falta de saneamento básico, o descaso com o idoso, a exploração de crianças, a falta de qualidade na
educação, a falta de creches e etc. enfim, muitos motivos. Se fizermos uma
lista de prioridades a protestar, nos faltaria meses no ano para realizar um protesto
de cada vez.
O que apela à nossa
racionalidade é a participação de pessoas sem causa incorporada, que entram na ‘onda’
manchando os movimentos conscientes e a luta pela justa causa. Usam os movimentos para expressão brutal da sua própria negatividade perante a vida. Daqueles que
não levantam para o trabalho e esperam que a nação e os outros lhes dê gratuitamente. Dos que distorcem deveres políticos e vinculam sua imagem com
objetivo de explorar visibilidade e promoção. Veículos de comunicação que se
apropriam para ‘ibope’ publicitário. Do cidadão que não valoriza o poder do seu
voto nas urnas, que o fez inconsciente, sem conhecer a luta, os valores, o perfil
e o histórico do candidato. Este é o meu protesto!
De todas as formas, o
protesto vale para uma mudança e um despertar consciente das camadas sociais e
coletivas.
Professor Neri
Rafael Mangoni
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